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domingo, 8 de abril de 2012

As alternativas à ressurreição corpórea de Jesus Cristo

A RESSURREIÇÃO
(Por Craig L. Blomberg)

     Novamente, breves comentários parecem completamente inadequados, mas há excelentes livros que se dedicam mais plenamente ao tema, principalmente N. T. Wright na sua recente e magistral obra, The Resurrection of the Sono f God [A Ressurreição do Filho de Deus]. Nenhuma explicação alternativa convincente foi proposta para explicar a fé dos primeiros cristãos na ressurreição. As ideias propostas na literatura popular mais antiga, de que Jesus na realidade jamais morreu na cruz, de que os seus discípulos roubaram o seu corpo, de que as mulheres foram ao sepulcro errado ou que mais de quinhentas “testemunhas” durante um período de quarenta dias, em diferentes localizações geográficas, todas foram acometidas de idêntica “alucinação em massa”, foram apropriadamente descartadas por grande parte de acadêmicos contemporâneos. A alternativa acadêmica mais popular hoje é a de que a ressurreição é o produto de um processo de mitologização posterior de uma tradição original que não incluía um retorno sobrenatural dos mortos. Mas a evidência de 1 Coríntios 15 já basta para refutar isso, como já vimos anteriormente nos tópicos “Os credos Cristãos Antigos” e “Milagres”. Além disso, é o tipo de explicação que poderia fazer sentido, se Jesus tivesse sido um grego que pregava em Atenas, e se seus seguidores, uma geração depois, tivessem se tornando predominantemente judeus. A Grécia, de modo geral, acreditava somente na imortalidade das almas. Os judeus eram comparativamente singulares no mundo mediterrâneo do século I, crendo em uma ressurreição total do corpo. Mas, naturalmente, isso é o oposto do progresso geográfico real do evangelho. No mínimo, nós deveríamos ter esperado um cristianismo helenista crescente, cada vez mais, para minimizar ou eliminar as referências à ressurreição de um corpo.

     As alternativas à ressurreição corpórea de Jesus não convencem, e, além disso, seis argumentos adicionais também propiciam fortes evidências a favor da sua historicidade. Nós já mencionamos o testemunho terreno de Paulo. Além de 1 Coríntios 15, há mais de uma dúzia de outras referências à ressurreição de Cristo nas incontestáveis epístolas paulinas, escritas antes dos anos 50 (Rm 4.24,25; 6.4,9; 8.11,34; 10.9; 1 Co 6.14; 2 Co 4.14; 5.15; Gl 1.1; 1 Ts 1.10; etc.). Em segundo lugar, não há alternativa que explique adequadamente por que os primeiros cristãos judeus (isto é, não apenas gentios) alteraram o seu dia de adoração de sábado para domingo, especialmente quando a sua lei fazia da adoração no sábado (Sabbath) um dos Dez Mandamentos invioláveis (Êx 20.8-11). Alguma coisa objetiva, assombrasamente significativa e com data de alguma manhã de domingo em particular deve ter gerado a mudança. Em terceiro lugar, em uma cultura em que o testemunho das mulheres era frequentemente inadmissível em um tribunal, quem inventaria um “mito” relacionado à fundação, em que todas as primeiras testemunhas de um evento difícil de crer eram mulheres? Em quarto lugar, os relatos contidos do Novo Testamento diferem dramaticamente das bizarras descrições apócrifas da ressurreição, inventadas no século II e depois. Em quinto lugar, nos primeiros séculos do cristianismo, nenhum sepulcro jamais foi venerado, separando a resposta cristã à morte do seu fundador de praticamente todas as outras religiões da história da humanidade. Finalmente, o que teria levado os primeiros cristãos judeus a rejeitar a interpretação que lhes foi dada como herança de Deuteronômio 21.23, de que o Messias crucificado, pela própria natureza da sua morte, demonstrou que Ele estava se colocando em uma posição de maldição diante de Deus? Novamente, é mais fácil crer em um evento aceito como sobrenatural do que tentar explicar todos estes fatos estranhos através de alguma outra lógica.

(Texto extraído da obra “Questões Cruciais do Novo Testamento”, editada pela CPAD. )

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