"Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus".
(Efésios 6:13-17) (Grifo meu)
Nesse texto Paulo descreve perfeitamente a armadura de um soldado romano.
Cinto, couraça, sandálias, escudo, capacete e espada.
Cinto - Feito de couro e servia tanto para prender as suas vestes, como porta utensílios.
Couraça - Vestimenta que cobria a parte superior do corpo, pois era feito de um tipo de malha de aço trançado.
Sandálias - Era de couro com sola cravejada de aço.
Escudo - De forma retangular, curvado, de madeira forrado de couro com reforços metálicos nas bordas e no centro, para proteger a mão.
Capacete - Era de ferro.
Espada - Era curta, de dois gumes, de mais ou menos 60cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo.
E então Paulo dá as importâncias dessa armadura no mundo espiritual, ao qual devemos estar preparado para batalhar todos os dias. E Deus nos deixa bem claro como devemos nos preparar para essa guerra:
Armadura de Deus - vistam toda. O cinto da verdade - cingindo-se. Couraça da justiça- vestindo. As sandálias do evangelho - tendo os pés calçados. Escudo da fé - usem. Capacete da salvação – usem. Espada do espírito – usem.
Deus nos dá a armadura para nos proteger no dia mau, ou seja, a armadura é nossa. Um soldado romano não andava com a sua armadura cotidianamente quando não estava em uma batalha, apenas ficava no campo esperando a ordem de “preparar para atacar”. Então o soldado quando ouvia a ordem, cingia seu cinto, vestia a sua couraça, calçava as sandálias, se equipava com o escudo, o capacete e a espada.
Nós, porém ouvimos o nosso “preparar para atacar” a dois mil e doze anos, o dia mau vem a cada dia, por isso devemos estar de cinto cingido, couraça vestida, de pés calçados, e usar o escudo, o capacete e a espada. Pois a batalha já está acontecendo e se você não está preparado certamente morrerá ou ficará ferido. E o mais interessante de uma guerra é que um soldado ferido é melhor que morto, pois um soldado ferido tira dois de combate: o ferido e que vai socorrer.
Imaginem quanto a igreja seria forte se não houvessem os soldados feridos, pois quantos soldados estão tendo que socorrê-los para que não morram. Mas vejamos uma coisa, um soldado romano socorre o outro, então se um está ferido é por culpa de seu companheiro. A base da formação militar que dominou o mundo era: um soldado protege o da sua direita e o da sua esquerda assim todos ficam extremamente protegidos e se o companheiro é ferido a culpa fica com quem o estava protegendo. Aí toca em uma parte bem delicada da nossa mente, pois já está gravada essa frase: “ já é muito cuidar de mim, vou cuida dos outros.” Entretanto a conduta de um soldado ao qual Deus nos chama pra sermos é essa: cuidar dos nossos irmãos (não cuidar da vida do irmão) dando proteção, orando, dando palavras verdadeiras, não só de conforto, pois em meio a uma batalha às vezes não há tempo para explicação, um empurrão livra um soldado de um golpe fatal, e depois quando acaba a batalha vem a explicação, ou seja, devemos exortar, mas ao mesmo tempo aceitar a exortação pois no decorrer da batalha você protege e logo depois é protegido.
Deus nos fala que vamos ter batalhas, mas nos fornece as armas e nos ensina a batalhar com elas! Ele fala que no mundo teremos aflição, mas também nos diz, tende bom animo eu venci o mundo.
A armadura, nós já temos. Como usar, sabemos. E o comando de atacar, já recebemos!
Orildo Ignácio
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