Jovens Marcados por Deus

Sejam Bem Vindos ao Blog dos jovens Marcados Por Deus.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Artes Marciais e o MMA:

                                                          Violência ou esporte?
                                                      Prática sã ou prática pagã?
                                        Ferramenta sadia ou não para a evangelização?

A Polêmica Mistura da Fé Cristã com Competições Violentas

     Anderson Silva, José Aldo, Júnior Cigano, os irmãos Nogueira (Rodrigo Minotauro e Rogério Minotauro) são nomes de brasileiros que ganham cada vez mais notoriedade através do MMA (Mixed Martial Arts - Artes Marciais Mistas), especialmente após o UFC RIO - primeira edição do evento no país. Dentre os maiores lutadores do evento, está o declaradamente cristão Vítor Belfort, que, após as lutas, costuma agradecer a Deus por suas vitórias e tem escrito em seu calção o nome de Jesus. Quando questionado sobre o possível conflito entre profissão e religião, Belfort explica que o que faz no octógono "não é participar de uma briga, e sim, de uma competição esportiva". Neste primeiro UFC no Brasil, o estreante Erik Silva, que tem como um de seus apoiadores o senador evangélico Magno Malta, seguiu o exemplo do veterano e dividiu o espaço do patrocinador no calção com o nome de Jesus.Nos Estados Unidos, há até por exemplo, um pastor que chama atenção para se dedicar publicamente a pregar e orar pelos lutadores. Brian Beals, pastor da Igreja de Canyon Creekaté, recebeu o apelido de "Pastor da Luta", por causa dessa afinidade, além de sua amizade com Jeremy Stephens e Rogers Demico, do UFC. Há aproximadamente sete anos, o pastor Beals iniciou sua congregação em Everett, Estado de Washington e, por ser um grande admirador do MMA, começou a pregar a fé em Cristo aos lutadores. Hoje, existem mais de 20 atletas desta modalidade entre o seu rebanho de cerca de mil membros.
     Quando questionado sobre a polêmica em sua atuação, Beals afirma: "Muitos cristãos são contra todas as coisas que eles não entendem. A maioria dos lutadores são homens bons, não estão brigando em bares, são atletas. Uma igreja saudável tem interesses socioculturais diversificados, logo há espaço também para esse profissional". E completa: "Os missionários em geral dedicam-se a grupos de pessoas que não são alcançados. Vejo-me como um missionário para a comunidade do MMA. Deus nos deu uma estratégia para tentar chegar a essa comunidade específica", explicou Beals ao portal de notícias internacional The Christian Post.
      Porém, diferentemente do que diz Beals, a verdade é que a maioria dos cristão é contra o MMA "por não entenderem", mas justamente por saberem à luz da Bíblia, que não convém  a um cristão praticar, muito menos a título de competição esportiva, lutas violentas. Além do que não é sadio para um crente ter prazer em ver uma pessoa esmurrando outra, que é a razão de as pessoas se interessarem em assistir a esses tipos de evento. Não é um entretenimento crsitão. Com isso, não estamos questionando aqui a sinceridade da fé de Vítor Belfort e outros lutadores que professam a sua fé em Jesus, mas destacando a clara impropriedade entre a fé que professam e esse tipo de atividade. Lembremo-nos que muitos crentes sinceros cometem erros por falta de orientação correta à luz da Bíblia e que tudo o que fazemos deve ser passado pelo crivo da Palavra de Deus. O fato de alguém dizer que é de Jesus não garante que tudo o que faz é correto e bíblico.
      "Sei que é difícil para um lutador como Vítor Belfort sair do meio em que vive. É a sua profissão. Há muita coisa em jogo. E ele demonstra ser uma pessoa sincera, equilibrada. Aliás, já enviei algumas mensagens a ele pelo Twitter. Se não me batesse, diria  ele pessoalmente por que o MMA não combina com a vida cristã (risos)", brinca o pastor Ciro Zibordi.
      Aqui, no Brasil, costuma-se usar os lutadores dessas competições e a própria atividade específica deles para alcançar pessoas a Cristo. É o caso de uma denominação que chegou a ser noticiada no canal National Geographic por montar um ringue dentro da igreja e promover a luta em campeonatos como forma de evangelismo. Segundo os organizadores de tal evento, por meio dele 60 jovens já haviam entregado suas vidas a Jesus.Mas, pergunta-se: Que tipo de conversões estão sendo geradas por esse tipo de trabalho? É correto uma pessoa usar essa prática para levar pessoas a Cristo? Que mensagem cristã esse tipo de luta passa para as pessoas? O que dizer de pessoas que acham legal ser cristãos porque suas referências de cristãos são gente que "arrebenta" bem no ringue? É esse tipo de atividades que deve levar pessoas a Cristo? Ora, os fins não justificam os meios. Não basta que meus objetivos sejam moralmente corretos; os meios que utilizo para chegar a eles também devem ser moralmente corretos.
      Não há problema de um crente treinar uma arte marcial como treinamento militar ou de forma particular para sua legítima defesa, ou exercitar-se, mas há, sim, problemas com a atitude em treinar uma arte marcial para participar de competições onde o objetivo é derrotar alguém desferindo-lhes socos e pernadas em um ringue, e com golpes cada vez mais violentos, para delírio da platéia. Isso não convém a um cristão, nem é uma atividade que desperta sentimentos nobres nas pessoas. Só satisfaz a alma pecaminosa. É uma prática pagã. Foge do espírito do cristianismo.
     Em Gálatas 5. 19-21, estão listadas entre as obras da carne "porfia", "emulação" e "peleja" e "coisas semelhantes a estas". Há quem diga que nem sempre quem entra no ringue para competir o faz tendo no coração essas coisas ( oque pode até ser possível no início, mas é quase impossível no calor do embate), mas ainda que isso fosse uma realidade, há de se considerar que estamos falando de violência consentida, onde um dos competidores sairá arrebentado ou os dois sairão arrebentados, o que não é nada sadio. Além do que, é no mínimo estranho que duas pessoas entre em um ringue, e ainda mais em uma competição, para desferir socos e pontapés no outro, deixando o seu próximo arrebentado, e o façam "com o coração cheio de amor" ou sem uma gota de maldade ou violência no coração. Uma coisa é autocontrole para não se desestabilizar emocionalmente no ringue ou não matar o ponente, outra coisa é dizer que se vai para um confronto físico violento "com amor no coração".
     Outro detalhe é que a Bíblia também diz que "quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus"(1 Co 10.31). Pergunta-se: É um esporte sadio arrebentar o outro? Esse tipo de esporte glorifica a Deus? Em que Deus pode ser glorificado nessa prática? E a glorificação a Ele é estimulada de que forma nos corações de quem assiste esse tipo de esporte?

"Vale Tudo" Na Igreja?

   O pastor Ciro Zibordi frisa que a violência nas lutas não pode ser ignorada. Quando questionado sobre o uso da estratégia de usar o esporte como ferramenta para evangelização, o teólogo explica que não concorda com essa combinação porque "o culto que oferecemos é para Deus, e não para os homens". E acrescenta: "Se tomarmos como base o que as pessoas gostam, as atrairemos para as igrejas, mas as afastaremos da verdade. O evangelho não deve ser comunicado da maneira como as pessoas desejam ouví-lo e sim da forma como precisam ouvi-lo", declara, deixando ainda um alerta: "Não quero ser estraga-prazeres, pois sei dessa onda do MMA nO Brasil, mas os esportes verdadeiros estimulam o espírito de equipe e não têm como objetivo principal bater num competidor. O futebol, por exemplo, costuma, ser praticado no campinho perto de casa, na quadra da escola, etc. Já pensou se o pessoal resolve praticar MMA como se fosse um esporte em todos os bairros?", pondera pastor Ciro.
     Como afirma a Palavra de Deus, "TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS, MAS NEM TODAS ME CONVÉM" ( 1 Co 6. 12).

Fonte: Revista Geração JC
 

3 comentários:

  1. PRECONCEITUOSO E SEM NENHUM CONHECIMENTO DE CAUSA... desculpem, mas é assim que eu vejo este artigo. No texto foram abordados muitos assuntos distintos como prática do mma, assistir mma, utilizar mma como evangelismo... resumindo: uma grande salada onde ele não se aprofunda em nada e só levanta pontos par defender a visão de que o mma nao é para os cristãos.

    1 - MMA é esporte como qualquer outro. São atletas preparados, medindo forças e habilidades físicas, dentro de um ambiente controlado e com regras rígidas a serem seguidas. Diferente do que ele se refere como dois caras dentro do ringue esmurrando um ao outro só por maldade. Essa maldade que o pastor se refere pode ser entendida para os praticantes como garra, foco, vontade de vencer, na mesma intensidade que um jogador de futebol da tudo de si em um lance, e as vezes até agindo com violência, mas não por maldade e sim pela competitividade. A dita violência (com sangue e contusões) existe tanto quanto em outros esportes como o hockey no gelo e alguns lances no nosso tão querido futebol, onde não raro atletas tem suas pernas quebradas por entradas mais fortes dos adversários (vejam vídeos no Youtube).

    2 - O MMA como método de evangelismo é um erro, assim como utilizar qualquer outro esporte. Uma coisa o pastor acertou em dizer:"Se tomarmos como base o que as pessoas gostam, as atrairemos para as igrejas, mas as afastaremos da verdade. O evangelho não deve ser comunicado da maneira como as pessoas desejam ouví-lo e sim da forma como precisam ouvi-lo". Ou seja, nem o MMA nem nenhum outro esporte deve ser utilizado com tal fim, logo, a culpa não é do MMA e sim da igreja que na falta da pregação do evangelho se utiliza de outros meios para evangelizar.

    3 - ["O futebol, por exemplo, costuma, ser praticado no campinho perto de casa, na quadra da escola, etc. Já pensou se o pessoal resolve praticar MMA como se fosse um esporte em todos os bairros?", pondera pastor Ciro."] Se um dia o tal pastor for a uma academia onde se treina MMA ele vai ver que o treinamento não se resume a sair distribuindo socos e ponta-pés, e atletas de verdade não lutam em outro lugar se não dentro do ringue ou em suas academias. Essa história de brigar pelas ruas é coisa de gente violenta e não de praticante de artes marciais. Além do que, se tivéssemos escolas de artes marciais em todos os bairros, histórias como de Acelino Popó, Maguila, Junior Cigano e tantos outros que sairam da pobreza e venceram na vida seriam mais comuns. Ou a igreja do pastorzão ali faz um trabalho social tão bom quanto os muitos projetos de inclusão social através das artes marciais que geram ótimos resultados?

    4 - ["Não quero ser estraga-prazeres, pois sei dessa onda do MMA nO Brasil, mas os esportes verdadeiros estimulam o espírito de equipe e não têm como objetivo principal bater num competidor.] Quem já frequentou uma acadêmia de artes marciais, seja qual modalidade for, sabe muito bem que além de benefícios para o corpo elas prezam, antes de mais nada, pelo desenvolvimento de valores humanos muito dignos, entre eles o companheirismo e o respeito ao próximo. E nem todo modalidade esportiva preza pelo trabalho em equipe, tanto que o mais tradicional esporte olímpico, a maratona, é totalmente individual. Essa visão de que esporte bom é esporte coletivo é coisa de brasileiro que não assiste outra coisa a não ser futebol.

    E poderia elencar aqui outros vários pontos de total desconhecimento e preconceito sobre o assunto que este pastor Ciro Zibord colocou em suas sábias opiniões. Aposto que ele foi em várias academias, conversou com atletas e conhece bem a realidade das artes marciais para poder sair por ai falando tanto sobre o assunto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Apoiado!! Não vejo nenhum problema na luta assim como não vejo no futebol e assim por diante!! É um esporte que gosto muito, e sempre tive vontade de fazer alguma arte marcial.
      Te ensina a ter disciplina, auxilia o funcionamento do corpo, traz benefícios a saúde, entre outras qualidades.
      God³ Bless

      Excluir
  2. Outra coisa: a foto colocada para ilustrar o artigo é totalmente sensacionalista e não reflete em sua totalidade o que acontece no mundo das artes marciais. Seria o mesmo que eu colocar a foto de um torcedor apanhando ou morto só para para justificar que futebol também não é para cristão.

    ResponderExcluir