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domingo, 29 de julho de 2012

A Religião Pura e Imaculada.

     Fazendo eco com seu conselho anterior de ser “tardio no falar” (1.19), e antecipando discussões mais detalhadas do discurso humano que aparecerão posteriormente (3.2-12; 4.11-16), Tiago revela, nesse ponto, que um dos sinais para se saber se o comportamento religioso de alguém é ou não agradável a Deus, é a capacidade de “manter a língua sob rédeas curtas”.
     Nesse conselho ele inclui a proibição contra discursos vulgares ou mal intencionados, porém os dois exemplos de discurso impróprio, colocados imediatamente após essa declaração, ilustram outras ofensas da linguagem humana que devem ser refreadas pelos cristãos.
     1)    Os crentes devem estar seguros de que suas palavras e suas ações sejam consistentes umas com as outras. Tiago ilustra esse problema, ao lembrar a seus leitores que já ofenderam a honra das pessoas que estão a seu lado, e que também acreditam que Deus está especialmente preocupado com o uso de uma linguagem que mostre favoritismo dentro da comunidade da fé, o que destrói a unidade da vontade de Deus (2.1-5).
     2)    O discurso humano tanto pode ser usado como sinal dos cuidados de uma piedade religiosa como serve até de pretexto para a falta da prática daqueles atos que Deus poderia desejar (2.15,16 e comentários). Assim, os crentes deveriam falar apenas daquilo que estão desejosos de colocar em prática: devem “praticar o que pregam”, e não cair em “vazios religiosos”. Uma pessoa que não controla sua língua, seu modo de falar, engana a si próprio, e sua religião não serve para nada, é vã (v.26).
     Ainda no tema do discurso, Tiago enfatiza a necessidade de nos lembrarmos que não existem somente pecados de comissão (isto é, ações más associadas a coisas impuras – “mantenha-se longe da contaminação do mundo”), mas também pecados de omissão (isto é, a omissão de fazer as coisas que Deus deseja que sejam feitas em seu nome – “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações”, v.27; cf. Mt 25.37-49). Aos olhos de Deus, uma religião pura e imaculada tem tanto a ver com o que fazemos como com o que deixamos de fazer. Em parte por ter suas raízes nos movimentos de renovação da santidade, e em parte por causa de sua rejeição ao “movimento do evangelho social” do início do século vinte, os pentecostais foram rápidos em realçar a santidade das pessoas e lentos ao se pronunciar a respeito da responsabilidade social. Tiago nos lembra que isso não é uma questão de “fazer isto ou aquilo” mas de fazer “tanto isto como aquilo”.


"Texto extraído do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD".

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